Se você navega pela Internet já deve ter se deparado com o conceito de ‘espaços liminares’. No dicionário, estes espaços referem-se a locais de passagem, que ligam o ponto A ao ponto B, como longos corredores ou estacionamentos. Locais que no dia a dia passam despercebidos, mas que tornam-se estranhamente perturbadores quando estão vazios. É um desconforto difícil de explicar, provavelmente motivado pelo silêncio, pela sensação de vazio ou pelo nosso próprio inconsciente. Mas independente de qual for o motivo, espaços liminares mexem com nossa percepção. É baseado nesse conceito (e alguns muitos outros) que surgiu Superliminal, nossa indicação da semana.
Uma questão de perspectiva
Imagine que você está preso em um amplo salão cuja única saída é uma janela alta demais para ser alcançada. Sem escadas ou superpoderes para se apoiar, sua única ferramenta são meia dúzia de cubos, não muito maiores que sua mão. Então, como escapar?
Usando puzzles como esse, aliados à uma estética minimalista muito semelhante à The Stanley Parable, que Superliminal brinca com a perspectiva do jogador, abusando de ilusões de ótica para fazer objetos banais se tornarem muito maiores ou muito menores do que realmente são.

Sendo um jogo em primeira pessoa, a sua posição relativa aos objetos influencia suas propriedades. Sabe quando os objetos parecem menores quanto mais você se afasta? Em Superliminal, eles ficam pequenos mesmo! O contrário também acontece: chegue perto o suficiente de algo, e ele estará gigante. Ao entender essa lógica maluca do jogo, cenários que antes pareciam ser corredores vazios e opressivos acabam se tornando eles mesmos parte da brincadeira.
E aí, já jogou Superliminal ou conhece algo parecido? Conte pra gente! Vou ficando por aqui, e até semana que vem!