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Until Dawn Remastered – O mesmo medinho, só que em 4K…

Se você já conhece Until Dawn e quer saber o que mudou na versão remasterizada, você pode conferir aqui com a gente. Se você ainda não conhece e quer saber um pouco mais sobre o jogo original de 2015, corre lá na matéria que eu fiz neste link aqui, onde destrinchamos a história e as mecânicas do jogo, antes de prosseguir. 

Gênero: Aventura
Lançamento: 04/10/2024
Plataformas: PS5 e PC
Tem idioma PT-BR: Sim
Desenvolvido por Balistic Moon
Publicado por: PlayStation Studios

“A minha voz continua a mesma, mas os meus cabelos…”

UI diferente, mesma chatonilda

Como todo o remaster que se preze, Until Dawn recebeu uma repaginada completa.

O motor gráfico foi atualizado para Unreal 5 na versão remasterizada, o que permitiu uma melhora significativa nos gráficos e performance, assim como iluminação dinâmica, novos shaders e texturas em resolução 4K, nova interface de usuário. No geral, o jogo está muito mais bonito e houve um trabalho muito bom em relação à direção de arte, que introduziu nova iluminação em determinadas cenas, de forma a suportar a narrativa dos momentos.

Um ótimo exemplo são as cenas iniciais do primeiro capítulo, onde os personagens chegam à Montanha Blackwood ainda no final do dia, e, diferente da versão original onde todas as cenas se passam à noite e a palheta de cores é mais azulada e sombria, o jogador se depara com cenas de fotografia incrível em um entardecer, com raios de sol ainda ainda atravessando as árvores, e uma iluminação mais alaranjada. Tudo o que dá um senso maior ainda de segurança em comparação ao suspense crescente vindouro dos capítulos seguintes.

As sombras de contraste pretas que assombram os dentes e contornos dos personagens foram otimizadas e, apesar da presença do “vale da estranheza” ainda se manter um pouco, essa percepção melhora muito e todos os personagens se beneficiam da qualidade melhor. 

O bullying em mais detalhes

Competição das duas mais irritantes (não me mata, Mah!)

O elenco dos personagens é o mesmo do jogo original, sem mudança alguma. Porém, uma das grandes mudanças na versão remasterizada foi a introdução de uma cena de prólogo muito mais completa, com maiores diálogos, e um peso maior dado à pegadinha que é o estopim da história de sumiço das irmãs Washington.
A direção de arte e cinematografia da cena ficaram muito mais dinâmicas, foi introduzida uma nova cena de “montagem” (Por meio de vinhetas, uma montagem pode mostrar a passagem do tempo, voltar ao passado com um flashback ou desenvolver rapidamente a história. Uma montagem musical é uma maneira eficaz de definir o clima, pegar um tema e tocar as emoções do público.)
Nessa montagem, o jogo mostra as duas perspectivas: a da “tchurminha” que prepara a pegadinha, e a perspectiva da pobre garota prestes a ser a vítima, que está super animada para se encontrar finalmente com seu “crush”.

“Ain, não gostei dessa música…”

Outra das maiores mudanças do jogo foi a música. Infelizmente, a versão remasterizada não conta mais com Jason Graves como compositor de sua trilha. Não foi explicado o motivo, mas felizmente, o seu substituto é outro compositor BRABO e muito especializado em filmes de terror, Mark Korven. Conhecido por trilhas sonoras extremamente geniais e perturbadoras de filmes como “A Bruxa”, “A Profecia: O Início” e “O Farol”, Korven foi novamente muito bem sucedido em criar o clima macabro da nova trilha. 

Diferente da trilha de Jason Graves, a nova possui um tema musical mais marcado e bem específico, que se repete mais vezes durante o jogo de diversas formas, trazendo um pouco mais o sentimento de uma obra cinematográfica.

“O blog oficial da PlayStation publicou o link do tema principal, você pode escutar clicando nesse link ou na faixa abaixo. Além da nova trilha sonora, temos novas músicas da trilha incidental (músicas licenciadas) que também foram ótimas escolhas. O novo menu de configurações também vem com uma opção de Modo Streamer que permite desabilitar estas faixas.

O grande divisor de opiniões foi a música da abertura do jogo, que também foi alterada. O fandom da versão original ficou bastante abalado com a retirada da música “O Death”,, que você pode escutar abaixo ou clicar no link que está no título da faixa. “O Death” traz uma letra, melodia e voz mais melancólica, como se quisesse passar a lamúria de uma pessoa pedindo para ser poupada da morte.

Porém a nova faixa não deixa nada a desejar e traz um clima renovado para a nova abertura que se chama “Out of the Shadows”. A melodia é bem mais marcada e conta com as notas do tema principal de Korven. A letra foca desta vez na perspectiva do jogador e suas escolhas:

“Saia das sombras
Você está apenas tentando jogar o jogo
Segredos que você guarda
Sacrifique-os apenas para honrar seu nome
Então vá, mire, dispare sua munição
Eu estarei aqui
Quão macabro você será?”

A voz é de Mae Stephens, e pra conferir na íntegra é só clicar aqui ou ouça abaixo


Adicionalmente, as configurações novas do jogo possuem mais opções de localização e customização da sua experiência. A versão remasterizada foi criticada pela introdução de listras pretas acima e abaixo para oferecer uma proporção de aspecto mais ampla. Porém essas faixas podem ser removidas se selecionado o modo de imagem 16:9. As novas customizações também permitem configurar os Quick Time Events de maneira que você possa moldar a dificuldade da sua experiência, com opções que vão desde “acertar os QTEs automaticamente” a “falhar os QTEs automaticamente”. 

A jogabilidade continua a mesma, porém com pequenos ajustes para o controle Dual Sense, assim como uma nova maneira de fazer as escolhas usando os gatilhos de feedback tátil R2 e L2, ao invés de selecionar para a esquerda ou direita com o analógico do controle. Esta opção também pode ser revertida para o modo original do jogo de 2015 se o jogador preferir.

Tá, mas e o que mais?

A mecânica do Efeito Borboleta permanece a mesma, assim como todos os colecionáveis. Encontrar os tótens no jogo agora tem um pequeno mini-game, o jogador precisa explorar o totem usando o controle analógico esquerdo até que a tela escureça e uma rachadura na cor do totem fique visível, quando encontrada, assim como no jogo anterior, uma premonição é mostrada. Porém, foi introduzida uma nova categoria de totem: os tótens verdes, mas o seu significado não será revelado aqui para evitarmos a Maldição dos Spoilers. 

Por último, mas não menos importante, a versão remasterizada também conta com um novo final (isso mesmo!) e uma cena pós-créditos inédita. Ambas dependem de certos personagens ficarem vivos no final do jogo. Então se você quer conferir, não sai matando todo mundo não!

Dr. Hill, qual a sua opinião profissional? 

Como mencionamos na nossa matéria sobre o jogo original (de novo vai lá conferir se você ainda não leu!), Until Dawn foi o responsável por estabelecer a Supermassive Games como uma desenvolvedora de jogos de storytelling de horror em jogos. A Ballistic Moon fez total justiça ao seu trabalho e manteve o legado que este jogo trouxe ao gênero. 

Para a minha decepção, não foi dessa vez que o jogo trouxe uma opção de co-op local e online, como os outros jogos da desenvolvedora, mas isto não tirou a minha empolgação em re-jogar esse jogo fantástico, descobrir o que há de novo, tomar novos sustinhos em 4K e torcer pro meu gato não pular no meu sofá na hora do “ Não se Mova”.

Esse review foi baseado na versão de PS5, e jogado mais de duas vezes com escolhas diferentes. Não experienciei quase nenhum bug, apenas dois. Um deles foi bem insignificante, mas outro infelizmente me obrigou a reiniciar um capítulo. Porém, até o momento desse review, a versão de PC foi reportada de ter alguns bugs significativos na semana de lançamento que já foram resolvidos. A Ballistic Moon está fazendo um trabalho bem legal de ouvir a comunidade e ficar de olho nos relatórios fornecidos pelos jogadores, críticas e afins. Eles já estão no sexto patch desde o lançamento. 

 

VEREDITO: OBRIGATÓRIO

Se você nunca jogou Until Dawn, você vai se deparar com um jogo fantástico, de narrativa e game design sensacionais, personagens cativantes (para bem ou para mal) e que vai te deixar na pontinha da cadeira o tempo todo. Se você já jogou, é uma versão remasterizada que vale o investimento e vai te trazer uma versão renovada daquela experiência que você teve no lançamento original.  E se você quiser assistir eu e o Leon tomando sustinho, vai lá conferir as Lives da versão remasterizada que aconteceram nos sábados de Outubro e Novembro. O fechamento da história e os capítulos finais serão no Sábado, dia 09 de Novembro!

Jogue se você curte: jogos onde as suas decisões alteram o resultado da história, um clima de slasher filmes dos anos 90 tipo “Pânico” e “Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado”, jogos com Quick Time Events, histórias de terror e mistérios.

Entenda o sistema de avaliação do Galinha Viajante!

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