Galactic Glitch – Navinha Com Telecinese? Sim, Por Favor!

Jogos de navinha são uma paixão para mim. Entre os RPGs de 150 horas e os jogos de corrida de kart (CTR > MK) eu sempre arranjo tempo pra jogar algum joguinho de tiroteio espacial.Sendo que o mais recente foi Star of Providence  e posso dizer que foi um dos melhores, mencionamos no episódio dos melhores jogos da primeira metade de 2025. Quando eu era criança um dos jogos que eu mais jogava no computador era um jogo chamado Xenon 2000, já que era um dos únicos jogos de navinha que eu conhecia. Decorei todos os posicionamentos de inimigos, todos os chefões, todos os upgrades.

E tudo isso que eu disse é para pontuar o seguinte: Galactic Glitch reuni isso tudo e ainda acrescenta arremessar asteroides contra os inimigos. Show. Onde eu assino?

Gênero: Roguelite, Shooter de Navinha
Lançamento: 03/06/2025
Plataformas: PC
Tem idioma PT-BR: Não
Tem telecinese? SIM!
Desenvolvido por Crunchy Leaf Games
Publicado por Crunchy Leaf Games

 

Pew Pew Pew KABLAM

Antes de entrar na parte Roguelite, vamos falar do que interessa. Galactic Glitch é um twin stick shooter, ou seja, o jogo tem visão por cima e o jogador movimenta a nave com um analógico enquanto mira pra qualquer lugar com o outro analógico. Funciona super bem, jogos são feitos assim há décadas, não tem por que mudar uma mecânica que funciona. Nesse gênero de twin stick shooters é super comum ver jogos nesse contexto de nave espacial, como o já citado excelente Star of Providence, então novos jogos precisam se destacar em algo.

Galactic Glitch tem dois diferenciais. O primeiro está no nome do jogo: “Glitch”. Sendo ambientado, segundo a sua narrativa, em uma simulação, o jogador conta com “bombas de glitch” que tem diferentes efeitos. Como essas bombas causam “erros” no jogo, os efeitos delas não são explicitados por nenhum personagem ou tutorial, e cabe ao jogador descobrir, mas esses efeitos podem acontecer com praticamente qualquer coisa durante a gameplay. Dropou um item e não gostou? Jogue uma Bomba de Glitch e o item mudará para outro aleatório. Achou uma porta trancada? Bomba de Glitch. Chegou em uma estação de cura e quer curar mais do que o possível? Bomba de Glitch. E esses são só alguns dos usos mais básicos. Jogue e experimente usar essa bomba em uma das lojas pra ver o que acontece. Além disso, tem mais um detalhe em Galactic Glitch que também é um diferencial, e este apela de maneira especial pra mim. A nave tem telecinese.

 

Tá vendo esse monte de asteroidezinho? Pegue e jogue contra os inimigos.

Ou seja, além de suas armas normais – tiros a laser, mísseis e um monte de outras coisas legais – o jogador sempre tem à disposição uma arma gravitacional que pega itens pelo espaço e arremessa eles pra onde você quiser.O uso básico é simples: pegue coisas e jogue nos inimigos pra causar dano e deixá-los atordoados. E essa ferramenta é super versátil: você pode fazer isso não só com asteroides, mas com bombas, mísseis que seus inimigos jogam contra o jogador, e até mesmo com inimigos menores. Poucas coisas nesse jogo são mais satisfatórias do que, entre um pew pew pew e outro, arremessar um inimigo pequeno contra outro e ver ambos explodindo majestosamente – KABLAM.

Aliás, majestosamente mesmo: o audiovisual do jogo é excelente. Apesar de tanta coisa na tela acontecendo ao mesmo tempo, o jogo é claro em entregar as informações importantes.

Nunca durante as cerca de 15 horas que passei jogando esse jogo até agora eu senti que morri porque não vi um inimigo ou porque fiquei confuso com o posicionamento de alguma coisa. O trabalho feito pelo pessoal da Crunchy Leaf foi excelente nesse sentido, tanto no visual quanto no design de som. E que trilha sonora! Meus amigos, a música desse joguinho é muito, mas muito legal, e combina demais com a ação frenética de cada ambiente. Vale a pena demais subir o volume e aproveitar.

E ainda é Roguelite! 

Gameplay legal, responsivo e com armas e poderes divertidos? Massa demais! Mas como se não bastasse, o jogo ainda é roguelite, então ganha ainda mais pontos comigo. Entre uma partida e outra o jogador começa “do zero” (mais ou menos), e precisa pegar novamente seus upgrades durante a partida. Esses upgrades de cada partida são melhorias para o seu dano, HP, velocidade e dano da arma de gravidade, mas também contam com MUITAS habilidades passivas únicas que mudam o estilo de gameplay. Há um upgrade que faz com que a sua nave deixe um rastro de fogo. Outro transforma qualquer coisa capturada pela arma de gravidade em mísseis. Alguns upgrades criam drones que te ajudam nas batalhas. Um dos meus upgrades favoritos cria uma nuvem de veneno toda vez que você usa o turbo da nave. Mas mesmo com tantas opções, você vai acabar sendo derrotado, e aí é entram os upgrades permanentes.

 

A árvore de upgrades disponíveis entre as partidas.

Durante as partidas o jogador coleta recursos que podem ser usados para desbloquear vantagens para as partidas seguintes. Descontos na loja, mais probabilidade de certos eventos positivos acontecerem, entre outras vantagens – sempre significativas e importantes. Os upgrades aqui não são “+3% de dano”, cada upgrade adquirido é sentido durante o jogo, e isso é uma das coisas que eu mais admiro em um roguelite: você sente que está realmente fazendo progresso.

Além dessa árvore de upgrades, o jogador ainda vai liberando diferentes armas pra escolher (são mais de dez armas selecionáveis no começo de cada nova partida), e o mais legal: diferentes NAVES pra jogar. As naves diferentes contam não só com status diferentes – defesa, ataque, velocidade, etc – mas também com habilidades únicas. Agora imagine combar isso com o rastro de fogo e a nuvem de veneno que eu mencionei anteriormente. Pois é. Delícia.

Vrum vrum, minha nave peida.

Enfim, toda a parte de progressão roguelite entre partidas é muito bem feita, e esse é um dos melhores fatores de Galactic Glitch. O interessante, porém, é que de acordo com que você progride no jogo e consegue avançar mais e mais pelas diferentes áreas à sua disposição, os inimigos também vão ficando mais fortes. O desafio do jogo é justamente esse: conseguir superar oponentes que também se fortalecem sempre que você faz um progresso importante.

Inimigos à altura

Dá pra quebrar Galactic Glitch? Com certeza. O jogo tem combos espetaculares que vão derrotar qualquer inimigo facilmente. Na última partida que eu fiz antes de escrever essa análise, construí um combo que derrubava literalmente qualquer inimigo com um tiro.Qualquer um. Até os chefões. Eu me tornei o glass cannon supremo. E embora isso seja divertidíssimo (e completamente correto de existir em um roguelite single player), o mais legal do jogo acontece quando as batalhas espaciais estão equilibradas.

E tome laser na sua cara. Te vejo na próxima run.

O jogo conta com vários e diferentes chefões, e o equilíbrio deles é feito da maneira que eu mais gosto. Tomou alguns poucos hits? Um abraço, boa sorte na próxima partida. Jogou bem e acertou alguns poucos hits? Derrotou, siga em frente. Nenhum dos chefões do jogo é uma “esponja de dano” – todos tem barras de HP bem modestas e podem ser derrotados bem rapidamente, desde que você saiba o que fazer e aplique sua estratégia corretamente. O jogador precisará jogar bem, porque alguns dos chefões são demoníacos e você vai pensar que está jogando Touhou.

Com o decorrer do jogo, jogador vai ficando mais forte, e talvez nesse momento o jogo começaria a ficar meio sem graça, mas isso não ocorre com Galactic Glitch. Quando você derrota um dos chefões principais, todos os inimigos do jogo a partir da partida seguinte ficam mais poderosos, desde o começo.Isso faz com que o jogo ganhe essa característica de “novidade” diversas vezes durante a campanha. Derrotar um chefe principal é um misto de alegria por ter passado um obstáculo gigante com um medo de não saber o que te aguarda nas próximas partidas. Nada desequilibrado, o jogo tem recebido patches constantes de balanceamento, e os desenvolvedores são super ativos nos fóruns da Steam e são bem receptivos aos jogadores.

Veredito: Recomendado

“Ué Samuca, só elogiou o jogo e no final não deu nota máxima?” Lembre-se, querido leitor (e ouvinte, espero) que os reviews do Galinha não são notas no formato que você está acostumado.

Não digo que Galactic Glitch é um jogo “Obrigatório” pra todo mundo pelo simples fato de ele ser absolutamente nichado. O jogador precisa gostar de roguelites e/ou de jogos de navinha. Agora, se você é fã de pelo menos um desses dois gêneros, jogue Galactic Glitch hoje mesmo. Agora! Acabou o review, pode ir lá.

Jogue se você curte: roguelites, navinhas, arremessar asteroides contra naves inimigas usando telecinese.

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