Boas vindas, seres malucos que decidiram aprender mais sobre a lore de Warhammer 40K! Essa é a segunda parte de uma série de textos que vão ajudar você a entender o básico (do básico) do mundo, universo, lore e tudo o mais riquíssimos de WH40K. A primeira parte tratou dos conceitos básicos, alguns eventos históricos e coisas importantes para entendermos mais ou menos como as coisas funcionam por aqui.
Portanto, leiam. Agora, se você já leu, vale o lembrete de ouro que vou dar aqui:
TODOS OS GRUPOS, FACÇÕES, EXÉRCITOS, ETC. EM WARHAMMER 40K SÃO OS VILÕES. NÓS JOGAMOS COM OS CARAS DO MAL.
Sim, o Imperium é, praticamente, o “protagonista” de Warhammer 40K, mas é só isso. Não são os mocinhos e hoje vocês entenderão o porquê.
Sei mais delongas:
O IMPERIUM DOS HUMANOS, um breve histórico (De novo)
Ao longo dos 41 milênios de história da humanidade, o bicho começou a pegar ali pela altura do 20º. A nossa tecnologia estava tão foda, mas tão foda, que começamos a conquistar mundos por aí a fora. Começamos com o Sistema Solar, lógico, mas depois que conseguimos tecnologia para viajarmos pela Distorção, mundos mais além-estrelas estavam a um pulo de distância. A linda Era da Tecnologia. Ah, que beleza.
Seria uma pena se algo desse errado, né? E deu.
A Distorção é o lugar onde os Deuses(/Demônios) do Caos vivem e por causa do Nascimento de Slaaneesh (que será explicado em outra parte) a Distorção ficou muito, mas muito mesmo, instável. Então toda a nossa viagem e tecnologia, extremamente dependente do Imaterial foi pro saco. Puff. Sumiu. Nada de viagem interestelar. Então pensa assim: se você mora num planeta que não é capaz de produzir comida e dependida da viagem pela Distorção para isso… o que acontece com você?
Alguns planetas transformaram suas máquinas de agricultura em mechs gigantescos de combate e isso virou uma tradição bem medieval. Os Mundos-Cavaleirescos sobreviveram desta forma. Outros não tiveram tanto sucesso assim. Marte, inclusive, decidiu dar uma varrida EXPLOSIVA e NUCLEAR na sua superfície e foram viver no subsolo com sistemas de suporte de vida. A galera que manjava de tecnologia, com o tempo, viraram verdadeiros sacerdotes da tecnologia.
Ah, e claro, que por causa disso, os Psykers ficaram ainda mais doidões… e aí já viu, né? Demônios por toda a parte, gente morrendo e gente lutando. A Era do Conflito começava, com os mundos restantes e lutando pela sua sobrevivência. A Terra, possivelmente o palco da treta mais generalizada, entrou numa vibe tecno-bárbara, com sociedades saindo na porrada pelos poucos recursos remanescentes.
Tudo isso durou só cinco mil anos.
Até que um HOMÃO nasceu. Homão mesmo. O maluco tinha 3m de altura. O IMPERADOR chegou botando ordem na casa do jeito que a humanidade entende: sangue, pewpewpew e powpowpow.
Ele, junto de uma versão beta dos Spacemarines, os Guerreiros Trovão, unificaram a Terra novamente. Depois de descartar os Guerreiros Trovão, o Imperador fez um tratado com os padre mecânico de Marte e pensou que seria uma boa ideia ele unificar, quem sabe, a espécie humana inteira. Mas sozinho nem ele mesmo daria conta. Então, pensou num plano mirabolante: “E se eu fizesse 20 18 miniversões de mim mesmo?”. Assim, nasceram os Primarcas: seres humanos geneticamente modificados artesanalmente pelo próprio Imperador para ajudá-lo nessa missão de, o que segundo homenzarrão mesmo falava, ser o principal inimigo da humanidade.
O Caos.
Mas é claro que os capetão não iam ficar calados. Enquanto o projeto tava quase acabando, tudo indo bem, os Deuses do Caos resolvem ARREMESSAR (sério, arremessaram) os dezoito Primarcas espaço afora. Movido pela determinação e puto da vida, o Imperador decidiu pegar a Semente Genética de cada um dos seus vin-, digo, dezoito filhotes e produziu uma porrada de soldadão armadurado fodão e foi atrás de cada um dos seus moleques para 1) juntar a família toda de novo; 2) juntar a humanidade toda de novo. Assim começou a Era da Grande Crusada. O primeiro filho encontrado foi ninguém mais, ninguém menos, que Horus.
Aham. Esse Horus mesmo que você está pensando, caso manje um pouquinho de Warhammer 40K.
Feliz da vida por encontrar seu filho mais amado, O Imperador deu de presente os Soldadão feito com a Semente Genética do Horus pra ele e assim nasceram os Spacemarines. A força numerosa, praticamente de elite. E assim foi feito com os demais. Imperador volta pra Terra porque tem um plano boladão pra ajudar a humanidade a não depender mais da Distorção e enquanto os filhos trabalham tentando unir a humanidade toda outra vez. Ah, que lindo.
Seria uma pena se algo desse errado né? E deu, de novo.
Um certo arrombido chamado Erebus deu ouvidos ao Caos e aí começou a fazer intriguinha falando que “Não, pô, papai tá errado. Não vai dar certo issae” e alguns cabeçudos cairam nesse papo. Um desses foi quem? O preferido do papai, claro. Horus. Ao todo, metade dos primarcas se rebeleram contra o Imperador. E isso, lá pelas tantas 31º Milênio, começou a famigerada Heresia de Horus. O pau cantou entre os Primarcas que se venderam ao Caos, liderados pelo Horus e suas legiões traídoras, contra os Lealistas, liderados pelo Imperador.
Aliás, vale dizer: O Imperador e os Tecnopadres já tinham começado a desenvolver o Astronomican (o tal projeto que mencionei).
As forças do Caos começaram a ganhar muita força e um cerco inevitável à Terra começou. Horus não conseguiu abrir brecha nas defesas terranas e decidiu que chamar o Pai pro X1 à bordo da sua nave espacial seria a aposta correta. O grandão topou mas, na hora do vamos ver, ficou balançado de matar seu próprio filho. Então Horus deu uma ajudinha, simplesmente ARRANCANDO À FORÇA A VIDA DE UM DOS PRIMARCAS BEM NA FRENTE DO IMPERADOR (pobre Sanguinius :c).
E isso deixou o Imperador pucto.
Mas o cara ficou tão puto que não só espancou o próprio filho, mas GARANTIU o Shift+Delete na alma do Horus. Ele não só matou o líder da insurgência: ele apagou-o da existência pra todo e eterno sempre. Mas isso não foi algo simples e, além da vida de Sanguinius, custou-lhe praticamente a sua própria. Moribundo, o Imperador voltou pro Astronomican e tentou segurar o tchan mesmo morrendo. Então, o negócio foi mudado para o que hoje conheecemos como o Trono de Ouro e, por dez mil anos, as tropas rebeldes viraram Space Marines do Caos e junto com outras ameaças, espalham terror por aí enquanto a humanidade segura o tranco com um Imperador que praticamente suplicou para que não o louvassem como um Deus antes de entrar um estado morfético entre a vida e a morte, tendo que ser alimentado com mil almas psykers diariamente pra que tudo fique mais ou menos do jeito como tá.
Claro que não adiantou, porque veja: Warhammer 40K é regressão purinha. Do Milênio 20 até aqui, tudo deu ré de costas pra trás. E só piora, tá?
Porque agora o Imperium não se une pelo desejo do Imperador, mas pela figura deificada dele. A Eclesiarquia manda e desmanda. Não acredita no Deus-Imperador? Morre. Tecnologia própria? IA? Nada disso, tudo heresia, morre. Ou coisa pior. E mesmo que você acredite no Deus-Imperador, existem chances grandes de você morrer por causa de Orks, Aeldars, T’aus, Necrons, Tyranids e O Caos.
O Mundo tá uma merda e todo mundo é vilão, de um jeito ou de outro.
A GUARDA IMPERIAL (Astra Militarum)
“Fogo cruzado mói a areia, nossas ordens eram fáceis: É matar ou morrer. Sangue nos dois lados será derramado” – Primo Victoria (Sabaton)
A Guarda Imperial são o que há de mais “básico” em Warhammer 40K. Veja, básico aqui quer dizer que um rifle laser que nunca super aquece e nunca emperra é o primeiro nível. A comunidade de WH40K zoa a arma mais fraca — Lasgun — de “lanterna”.
Mas o que Astra Militarum tem de básico, ela tem de números. Grandes. Gigantescos. E isso geralmente basta. São, normalmente, a primeira linha de defesa de vários mundos e contam com, na verdade, muitos recursos para viverem a sinistra e sombria realidade do 41º milênio. Estamos falando de milhões de soldados marchando atrás de centenas de milhares de tanques que recebem suporte de dezenas de milhares de morteiros, lança-mísseis móveis e aeronaves. A visão da Guarda Imperial em combate é como uma gigantesca tsunami de humanos atirando na sua direção. Os números aí são exagero (comum em Warhammer 40K, vai se acostumando)
Existem diversos “sub-facções” da Guarda Imperial, cada uma com suas especialidades e peculiaridades, como o Primogênitos Vostroyanos. Eles são especializados em combate Urbano durante o Inverno ou os Guerreiros da Selva de Catachan, que são basicamente um monte de Rambo que caça bichos terríveis em seu mundo cheio de florestas medonhas. Embora a maioria tenha um feeling e estética de Primeira Guerra Mundial, os mais famosos são as Tropas de Choque Cadianas. Cadia era o planeta que mais fornecia soldados para a Guarda Imperial, antes de ser completamente destruído por causa de demônios do caos. Mas isso não impediu os Cadianos sobreviventes (além de chorar horrores com a menção do mundo deles) de serem praticamente a imagem-objetivo do que a Guarda Imperial tem que ser. Estima-se que 75% da população Cadiana era militarizada. Isso quer dizer que além da alfabetização aos 5-6 anos de idade, uma criança aprendia como montar um rifle laser também. Bacana. Show.
SPACE MARINES (Adeptus Astartes)
“Você sabe que ainda estou de pé melhor do que já fui, parecendo um verdadeiro sobrevivente” – Still Standing (Elton John)
Ahhhh, sim. Space Marines. Os fuzileiros espaciais criados com todo amor, carinho e vontade de dominar o mundo. São os garotos-propaganda de Warhammer 40k e praticamente sinônimo do cenário/franquia. Power Armor colorida, variando com o Capítulo ao qual pertencem, Flammers, Meltas e ESPADA-SERRA. Não tem como, os caras são uma das forças militares mais importantes do cenário. Como eu expliquei lá em cima, o Imperador criou os Primarcas e da Semente-Genética de cada um dos vin- DEZOITO primarcas criou as Legiões dos Astartes. Um Space Marine é um humano geneticamente modificado para que seja o soldado perfeito. E por perfeição, aqui, não quero dizer só em termos de habilidades, não… estou falando de coisas como: órgãos que se regeneram rapidamente, tecidos que envelhecem muito devagar, capacidade de absorção de memória por ingestão de códigos genéticos (!!); pulmões multifuncionais que permitem respiração de atmosferas tóxicas; capacidade de resistência ultra-humana à radiação; excreção de óleos que ajudam na adaptação de ambientes extremos; etc.
Depois da Heresia de Horus, os Capítulos que ficaram leais ao Imperador mudaram e derivaram ao longo do tempo, mas sempre tendo a mesma base: As Primeiras Fundações. Não vamos entrar em detalhes sobre cada uma delas e seus primarcas, mas vou explicar brevemente.
ANJOS DE SANGUE; Primarca: Sanguinius (morto); Armaduras Vermelhas:
Esses aqui tem um defeito genético que criou algo chamado “A Sede Vermelha” que, você adivinhou, faz eles beberem sangue. Mas eles ficam mais fortes no processo. Só que depois que o Sanguinius morreu, eles ficaram COMPLETAMENTE DOIDÕES e tudo que seja herege, pra eles, é culpa do Horus e eles matam. Simples.
ANJOS NEGROS; Primarca: Lion El’Johnson (vivo); Armaduras Verde-Escuro
PERIGOSAMENTE perto da heresia, esses malucos caçam hereges para se redimirem o máximo possível. Isso porque uma facção interna deles se virou contra o Imperador bem na hora que não rolava. Eles tem uma vibe de Templários ou Rosacruz, com círculos internos, intrigas e são muito amiguinhos da Inquisição.
PUNHOS IMPERIAIS; Primarca: Regal Dorn (morto? vivo? desaparecido? será? não sei?); Armaduras Amarelas;
Não havia barreira que os Punhos Imperiais não pudessem destruir. Especialistas em cercos, os caras eram sinistros e seguraram o máximo que puderam durante a Heresia de Horus. Hoje em dia, existem capítulos que derivaram dos Punhos, como os Cruzados Negros
CICATRIZES BRANCAS; Primarca: Jaghatai Kahn (desaparecido); Armaduras Brancas;
Velocidade, motocas, vrum! Os Cicatrizes brancas curtem porradaria, geralmente corpo-a-corpo, e chegam no alcance com veiculos e barbárie
LOBOS ESPACIAIS; Primarca: Leman Russ (desaparecido); Armaduras azuis/prateadas;
Lobos. Vikings do Espaço. Dentes afiados. Machados. Show.
MÃOS DE FERRO; Primarca: Ferrus Manus (morto); Armaduras Cinza-chumbo;
“Bonito, vocês tem um tanque”. Diria um Space Marine dos Mãos de Ferro, depois entrar no seu tanque quatro vezes maior e com dez vezes mais poder de fogo. Então ele diria, em seguida: “Eu também tenho.” Os Mãos de Ferro são especialistas em equipamentos e veículos de cerco como estes.
ULTRAMARINES; Primarca: Robout Guilliman (recém-revivido); Armaduras Azuis;
Os posterboys, os azuis. Padrãozim. Tradicionais. Titus, de Space Marine I e II é dos Ultramarines. São os all-arounders que você ama e conhece. Praticamente a matriz do que um Space Marine tem que ser.
SALAMANDRAS; Primarca: Vulkan (desaparecido); Armaduras Verde-Esmeralda;
FOGO. WOOOOSH! Os Salamandras amam atear fogo em coisas. Além disso, existe uma peculiaridade legal desse capítulo: geralmente, Space Marines tem uma vibe de “sou mais foda que você, seu lixo”. Mas os Salamandras comumente protegem as civis e inocentes ANTES de qualquer coisa. São o mais próximos de “mocinhos” que temos em Warhammer 40K. Outra peculiaridade é que tem a pele preta como carvão e olhos vermelhos como rubis.
GUARDA CORVÍDEA; Primarca: Corax (desparecid0); Armaduras Pretas;
São ninjas. Mas são ninjas de dois metros e dez de altura, com armaduras pesadíssimas que, sei lá como, não fazem BARULHO. Especialistas em infiltrações e mortes silenciosas. Black Ops purinhos.
CAVALEIROS IMPERIAIS
“É meio datado, mas ainda tem muito poder de fogo!” – Kyosuke Nambu, a bordo do Alteisen (Super Robot Wars: OG)
Naqueles “Mundos-Cavaleirescos” que eu citei antes, quando toda a comunicação ficou cagada por causa do nascimento de Slaaneesh, as máquinas agrícolas foram adaptadas para combate. Então, os Cavaleiros Imperiais são basicamente isso: casas nobres que tem esse mechas enormes que são muito úteis para matar hereges na proporção de 1×400: um tiro para 400 hereges voando pelo campo de batalha. Tem uma porrada de casa nobre, cada um com seus brasões, cores e tudo mais e um monte de modelos de mechs que variam dos mais antigões aos nem tão antigões assim.
Mas uma coisa curiosa a se notar é que esses mechas são ANTIGUIDADES! Tecnologia da Era da Iluminação, muito antes do 20º milênio. Doidera.
IRMÃS DA BATALHA (Adepta Sororitas)
“Temam as chamas purificadoras!” – Kayle (League of Legends)
Freiras zelosas que saem pra porrada com capetas e hereges? Temos.
As Irmãs da Batalha são o exército particular da Eclesiarquia. Sim, a Religião Oficial do Estado tem um Exército particular e elas são PVCTAS demais. Muito boladíssimas mesmo. Esas freiras tem uma Força de Vontade inabalável e não é incomum que dividam trincheiras com a Guarda Imperial ou com os Spacemarines. Talvez as Sororitas sejam as mais fanáticas de todo o Imperium e “devoção” tá na mesma linha de prioridade que “respirar” para elas. E como tudo em Warhammer 40K, são muito exageradas e talvez até creepy.
Se “freiras guerreiras fanáticas” não fosse assustador o suficiente, as Sororitas fazem coisas como: Procissões de Santas Martirizadas para expulsar demônios e fortalecerem a si próprias, chuva de água benta na superfície do planeta pra botar capeta pra chorar, Espaçonaves que EXPLODEM TÍMPANOS de hereges com hinos sagrados e louvores ao Imperador, drop de Igrejas de baixa órbita para combate, bebês recondicionados (!) com asas (!!) como se fossem pequenos querubins (!!!) para fornecimento de munição em combate (!!!!) e o meu favorito: um tanque de guerra que solta mísseis por TUBOS DE UM ÓRGÃO DE CATEDRAL.
Tem até uma SANTA VIVA com uma espada de fogo que sai queimando todo mundo!
Hardcore pra caralho, as Sororitas.
CULTO MECÂNICO (Adeptus Mechanicus)
“Nascidos num mar de megabits, nós agora definimos uma simbiose datatrônica para os novos tempos que virão: novas e perfeitas máquinas” – Synthetic Breed (SYBREED)
Todos louvemos ao Honda Civic ’93. Amém.
“Mas tio”, você me interpola na minha cabeça “Não podemos louvar nada que não seja o Deus Imperador!”, continua você. “Isso não é Heresia”
Claro que é. Das brabas. Mas é aquilo: se você fornece todo o equipamento tecnológico que eu preciso pra manter os hereges em seu devido lugar, eu passo o pano pra sua heresia.
Estes são os tec-sacerdotes de Marte, os Adepti Mechanicus. Eles são os responsáveis por toda a parafernália tecnológica do Imperium: criação e manutenção. Não estou falando só de armas, naves, armaduras e guerra. Eu tô falando de TUDO MESMO. E isso inclui o Trono Dourado do Imperador.
Para os padres tecnológicos, Máquinas não são meros equipamentos. Eles são a prova da divindade que os salvou durante a Era do Conflito, o Deus-Máquina e estão todos a espera do Onimessias, a representação suprema do Deus-Máquina que vai criar tudo de tecnológico. E, por isso, criação de equipamentos não é mero “encaixa A com B e liga C com energia D”. Eles rezam, oram e podem para o Deus-Máquina fazer aquilo funcionar!
E sabe o que é pior? Tem funcionado a 10 mil anos e segue funcional.
Por isso, máquinas são a Perfeição para essa ordem religiosa que funciona mais como um “governo aliado” do que uma facção menor do Imperium. A carne é fraca e por isso mesmo que os Adeptos colocam prostéticos cibernéticos no lugar de seus membros reais: quanto mais próximo do Deus-Máquina, mais próximo o Onimessias está. Inclusive, tem um joguinho excelente chamado Mechanicus que é totalmente focado nesses ciber-padres-malucões aqui.
CAVALEIROS CINZA
“Se você só pode fazer uma coisa, treine ela até a perfeição! Treine ela até o limite!” – Jigoro (Kimetsu no Yaiba)
Heresia é um problema sério, manter o Imperium protegido desse pessoal é uma necessidade. Mas o Imperador (que odiava tudo que não fosse humano) tinha um ódio especial por demônios do Caos e achava que eles seriam o real inimigo.
Então pensa assim: se Space Marines são super soldados, os Cavaleiros Cinzas são super soldados deluxe edition. São tecnicamente parte tanto dos Space Marines como da Inquisição, mas os caras são tão elite da elite que são uma força própria, praticamente. E uma força que é especializada em botar os satanazes do Caos pra chorar por todos os buracos possíveis: os que vem de fábrica e o que os Cavaleiros Cinza fazem.
Todos os Cavaleiros Cinza são Psykers de altíssimo nível. “Mas tio”, outra vez você me pergunta, “se são Psykers, eles deveriam ser suscetíveis aos Demônios do Caos, né?” É. Deveriam. Mas o treinamento sinistro desses caras e a força de vontade puríssima desses malucos fazem deles uma força tão sinistra, mas tão sinistra, que eles não tem medo de usar seus poderes pra humilhar demônios antes de matá-los. Os Cavaleiros Cinza, no entanto, são uns cuzões. Se os Space Marine já tem a vibe de “sou mais foda que você”, um membro desta força de elite se acha a última bolachinha do pacote. Não só isso: eles tem uma política muito clara de “se você não é um Cavaleiro Cinza e teve contato com um demônio, você morre”. Terra abrasada total.
Um dos nomes mais conhecidos é o Castelão Garran Crowe, que portador de uma Espada QUE VEIO DIRETAMENTE DO CAOS chamada Lâmina de Antwyr. Essa espada provavelmente não poderia ser usada por mortais comuns, mas Crowe não é um mortal comum: sua força de vontade e autocontrole são tão sinistras que ele usa a espada para matar Demônios. Outro nome foi Drystann Cromm, que quase baniu Angron, um Primarca Daemonico (falaremos disso na próxima parte do texto), na base da porrada… mas infelizmente Cromm foi partido em dois.
E tem outro joguinho bão aqui pra vocês: Chaosgate!
CUSTODES (Adeptus Custodes)
“Meu exército favorito” – Henry Cavill
“Dá pra deixar os Cavaleiros Cinza maiores?”
Ah dá. Ô se dá.
Mantendo a brincadeira ali acima, os Custodes são super soldados definitive edition, com todas as DLCs inclusas, bônus de pré-venda, skin de 10 mil reais e com seu pai dizendo pra você: “Tenho muito orgulho de você”.
Os caras são praticamente semi-deuses que podem ficar de pé por SÉCULOS, sem comida, água ou sono. Suas Power Armor são douradas para lembrar que eles são como os pilares do Palácio do Imperador na Santa Terra e que são a última linha de defesa, protegendo o Trono Dourado. Mas as vezes os caras precisam sair pra algumas missões e é o que você espera: são pica das galactas. Quase nunca erram tiro, sempre fazem suas tarefas, quase nunca se machucam e etc;
Os Custodes também tem várias facções internas, as Hostes, como o Escudo Aquilino que protege pessoas aparentemente desimportantes que um dia serão importantes para o Imperium ou a Vigilia Circumspectus, o meu favorito pessoal, que responde à pergunta “quem vigia os vigilantes?”, sendo aqui os Vigilantes iguais “A Inquisição”.
Os Custodes tem um único “ponto fraco”: não são Psykers. As vezes, por isso, não é incomum vê-los pareados com as Irmãs do Silêncio. Elas tem um marcador genético que as tornam completamente imunes A Distorção e seus efeitos (conhecido por aí como Párias, Intocáveis ou “Inexpressivos”), além de uma sensação muito esquisita que pessoas assim geram. Essas moças, além de fazerem um voto sagrado de silêncio e não falarem nunca, são o terror de psykers e demônios justamente por anularem suas forças.
ASSASSINOS (OFICIO ASSASSINORUM)
“Morre baixo, nengue” – Mestre Cunamata
Ah, os assassinos. Nem sempre músculos, armaduras, espadas-serra e poders psykícos resolvem. As vezes é necessário fazer as coisas com um jeitinho especial e pra isso existe o Oficio Assassinorum. Os Assassinos possuem 4 templos principais e mais famosos, cada um deles especializado num tipo específico de tarefa e alvo.
Vindicare: são franco-atiradores de elite. Pessoas que podem passar SEMANAS À FIO esperando seu alvo no momento certo, calculando o quadrado do cateto da hipotenusa conjuntamente com o Movimento Retilineo Uniformemente Variado para então BOOM! Um tiro, uma morte.
Callidus: Infiltração, disfarce, esqueminhas tão aqui. Os assassinos deste templos são especialistas em se transformar nos seus alvos e fazê-los ficarem paranóicos, para então matá-los e tomar o seu lugar. E aí segue o baile.
Eversor: Laranja Mecânica 40K, basicamente. Se você precisa de matar geral mesmo e ninguém pode sair vivo depois de uma determinada missão, joga um Eversor lá. Esses chacinadores são tratados com MUITAS DORGAS e psicoterapia para se tornarem as criaturas mais violentas que puderem e são mantidas em suspensão criogênica até a hora de fazerem seus trabalhos: matar todo mundo
Culexus: Sabe os Inexpressivos? Geralmente essas pessoas são mortas antes de terem uma chance na vida. Mas quando dão uma sortezinha ou vão treinar para virar uma Irmã do Silêncio ou podem acabar num lugar muito pior… pelo menos para os Psykers. Os Culexus são anti-psykers especializados. Não bastam ter o Gene do Vazio: eles possuem equipamentos e treinamento para fazer isso ser multiplicado por 15. Se você for um psyker e ver um desses, duas coisas acontecem: você tenta se matar de tanta dor que a mera presença deles causam e depois de não conseguir, você morre na mão dele.
Existem outros templos “menores”, como o Venenum que, você adivinhou certo, envenena geral e o Vanus que são estrategistas sinistros e matam seus alvos utilizando táticas indiretas: ao invés dele matar, o assassino manipula alguém para fazer isso no seu lugar. Credo.
A INQUISIÇÃO
“Innocentia Nihil Probat” – Lema da Inquisição (traduz-se como “Inocência prova nada”)
Aqui está o braço do Imperium com mais poder político, os verdadeiros donos da porra toda. Imagina, sei lá, uma KGB, CIA ou coisa que o valha da vida. Agora, aumente os poderes políticos dessa força especial para o máximo e você tem a Inquisição. Em termos de poderes especiais ou de fogo a Inquisição não é nada demais: talvez sejam soldados de elite da Guarda Imperial, mas graças aos poderes praticamente ilimitados que eles tem, um Inquisidor não precisa soltar raios pela mão ou ter uma armadura fodona. Eles simplesmente mandam em todo mundo que tem isso. A gente tá falando de gente que tem plenos poderes políticos para um Exterminatus.
Não sabe o que é um Exterminatus? É só quando um Inquisidor fala “aquele planeta não dá pra ser recuperado, explode ele”.
É. Pois é.
Os Inquisidores possuem algumas Ordens internas, mas principalmente temos a Ordo Malleus, que investiga satanazes; a Ordo Hereticus, focada nas heresias; e a Ordo Xenus, especializada em caça de xenos (formas de vida não humanas)
Inquisidora Greyfax talvez seja uma das mais famosas desta força e, com exceção dos muitos livros da Heresia de Horus, os inquisidores são personagens interessantíssimos em seus romances.
Com isso terminamos O IMPERIUM! Que textão, né?
Mas calma: na próxima parte vamos falar de CAOS e suas forças que querem fazer baguncinha no universo! Espero que tenham curtido! Mandem para seus amigues que querem curtir a alegria de conhecerem o Unverso de Warhammer 40k!
Até a próxima parte!