Dia 29/04 – 23:00
Lá estava eu, de mala e cuia, pronto para mais um evento junto do Galinha Viajante mas a primeira Gamescom sob a égide da esmeraldinha. Nessa hora, estou olhando nervoso para o celular, achando estranho que não estou ansioso. Eu tinha uma sensação boa, na verdade. Essa seria uma viagem em que conheceria pessoalmente pessoas que estão conosco desde os tempos mais primórdios – nomeadamente Marcela Versiani e o Pessoal da Vortex Indie Games – e seria também uma viagem que eu, na minha infinita inocência, pensei que seria “mais um evento lotado em que a gente não teria chance de jogar muita coisa e acabou”. Porque, na real da real, a impressão que ficou graças ao outro evento era essa.
Onze e trinta, chega o busão. Tenho a minha frente oito horas e um tantos de viagem e felizmente peguei uma cama pra dormir. Na hora de embarcar, descobri que minha passagem estava marcada para o dia SEGUINTE, nesse horário mesmo. Mas felizmente, a diferença de preço pra viajar no dia foi pouca e eu consegui embarcar e viajar para a Terra da Garoa, o lugar mais cinza do Brasil.
No ouvido, Friends at the Table e um maluco que roncava muito alto. No coração, a vontade de jogar joguinhos legais e ver as amizade todas.
Dia 30/04
Cheguei em SP pouco perto das 8:00 da matina. Do terminal do Tietê (e uma FILA ENORME do metrô que eu evitei com o poder do Uber) fui direto pro Hotel onde eu e o Samuca estávamos hospedados e, no caminho, já íamos combinando os rolês todos. Cheguei, banho e troca de roupa e fui direto na rua para comprar algo na farmácia. Na volta, no restaurante que fica embaixo do hotel, encontrei não combinandamente, ela que é baixinha e eu não botava fé até ver presencialmente. A Sumo-sacerdotisa da Crocância Galinácea, Marcela Versiani. Abraço apertado, mensagem pro Samuca e “desce logo porque a Mah tá aqui”. Demos voltitas pela Avenida Paulista em busca do item mais raro – aparentemente – de lá: café descafeinado. Terminamos combinando de que íamos pra lá e depois dos compromissos dela, pegaríamos o Prêmio BIG juntos por lá. Claro que antes disso ela ganhou UMA GALINHA VERDINHA DE AMIGURUMI, cocó.
Depois do Uber nos deixar no pior lugar possível pra chegarmos no evento, fomos fazer nosso trabalho. Pegamos nossas credenciais e lá na fila já encontramos a Alice Monstrinho. A maravilhosa deu um abraço, falamos de que vamos chamar ela pra gravar TLoU2, ela disse que ia chamar a gente pra um collab com a ND Games e entramos.
Mensagens que vem e vão no celular e fomos direto no Panorama Brasil, onde o grosso dos jogos indies estavam sendo mostrados e demonstrados. A gente jogou MUITA COISA entre os dois dias que fomos no evento – falamos desses jogos no Bate Papo (especial) da Gamescom – mas eu quero chamar a atenção de vocês para alguns dos jogos que jogamos com um breve resuminho de cada aqui e histórias legais mais pra frente nessa matéria ainda.
Logo ali encontramos a Cabie, a qual prontamente falamos “OiCABIE HI OMG IT’S CABIE FROM OI CABIE”, para o desespero tímido da dona Cabie, a qual amamos de paixão. Conversamos brevemente e ela se foi. Depois mandou uma mensagem pra gente, toda bolada, dizendo que não queria atrapalhar e tal… CABIE, VOCÊ SÓ ATRAPALHA QUANDO NÃO TÁ EXISTINDO SENDO ESSA MARAVILHOSA OK? OK ENTÃO.
Outro encontro FODA foi a Talbone. Que pessoa incrível. Eu já a conhecia de fama pelo “Pedro Zapata!!!!!” e a polêmica do post do Linkedin, mas que DOCE DE SER HUMANO É A TALBONE, CARALHO. E que jogo foda é Lunr.rdio.taxi. Samuca B-R-I-L-H-O-U jogando lá, arrancando elogios da própria dev, com comentários do tipo “esse maluco é pro-player memo, tá doido”. E coisas assim. Depois disso, fui pro stand do GameMaker e encontrei dois jogos pixel art croncantíssimos que me chamaram a atenção. Enquanto jogava, identifiquei uma unidade de pessoa que eu admiro horrores, mas não queria atrapalhar o jogo dela. Enquanto isso, eu divulgando o podcast pro dev destes jogos pixel arts, o seguinte diálogo aconteceu:
Leon:”Nossa, teu jogo tem uma galinha, preciso jogar”
Gabe (o dev): “É um galo”
L: “Dá quase na mema, né? É tipo Binding of Isaac?”
G: “É sim, que massa que tu pegou a referência! Tem umas doses de Gungeon também”
Dou o cartão do podcast pra ele
G: “Pô, tem um maluco que fica divulgando esse podcast direto num grupo que eu faço parte… de RPG”
L: “OPORRA, SOU EU”
G: “CARALHO É VOCÊ”
Um abraço, mais divulgação. Samuca ainda (com razão) agarrado no Lunr e eu querendo chamar ele pra ver que eu de fato identifiquei uma pessoa que eu curto muito. Dona Juliana Ponzilacqua, também conhecida como Ponzuzuju. Um abraço apertado, ganhei adesivinhos dela (que são fodas demais) e logo em seguida chamei ela pra me acompanhar até o homem gigantesco que ainda estava jogando Lunr.rdio.taxi. Ponzuzuju ganhou uma esmeraldinha amigurumica também e se derreteu toda.
Fomos abordado de maneira gostosa por trás (ui) pelo Bruce, aquele gostoso, que ficou com a gente até o final do, do final, do final, do rolê.
Mais volta, mais jogos. E encontramos aos poucos com a turminha da Vortex Indie Games. Primeiro encontramos o Ryan (que já gravou com a gente) e depois a Flávia (que já gravou com a gente antes de ser da Vortex) e ficamos de papeio e combinamos um happy hour pós-Gamescom.
Mais jogos, mais volta e encontramos, perchance, com Fábio “Fabão” Santana. Esse talvez tenha sido O momento mais alto (pra mim) porque – além dele ganhar uma galinha verdinha também – ele ficou todo emocionado com o presente. Nos deu um abraço, reconheceu a gente e nos disse palavras muito carinhosas. Fabão, tu é foda mano! Próxima vez que eu for a SP, a gente vai sair pra papear e comer um negócio massa! ♥
Ainda, na coincidência, o Lucas (gos)Toso – omg, it’s Lucas from Flying Controllers, omg – que ganhou uma verdinha nossa também. Pessoa maravilhosa, tá devendo um rolê com nóis também
Prêmio BIG. Berramos como doidos, nos divertimos muito. Conhecemos a maravigolden Bárbara Gutierrez que é detentora do espírito da Galinha Viajante dentro dela e precisa urgentemente gravar com a gente. Manda pra mim seus top 10 joguinhos da vida, Bah, pra gente marcar algo! :3
Hora do happy hour com mais fofoca (algumas tensas que terminaram com juras de “vamo quebrar esse filho da puta na porrada”) e cama.
Dia 01/05
Não tivemos rolê profissional diretamente. O dia foi de comer bem, fofocar, jogar joguinhos em casa e ir para a festa da Epic Games. Vi vários streamers, encontramos o Guigo por lá também e descobrimos que a Bah Gutierrez tem o FACE OFF mais sinistro São Paulo. Só quem viu, viu. Outro beijo pra ti, Bah ♥
Dia 02/05
Queríamos jogar mais joguinhos. Fomos mais cedo e rodamos lá pra encontrar com a moçada da Red Studios,de V-Monsters, que tinha falado com a gente sobre uma fofoca quentíssima que infelizmente não posso contar, mas posso adiantar pra vocês que V-Monsters passa bem e vem aí™. Tivemos um papo foda também com a Pulsatrix, moçada que tá fazendo AILA (veja a lista mais abaixo) – você vai conferir mais detalhes deste papo em breve – decidimos, sem muito deliberar, que o melhor jogo que jogamos por lá tinha sido LUNR.RDIO.TAXI. Quando a Talbone ganhou o troféu – a última verdinha fofinha – ela ficou em êxtase e a gente ficou ainda mais feliz. Dona Talbone, estamos esperando o seu joguinho lançar pra você gravar com a gente, fica ligada.

Exploramos mais a Gamescom e jogamos Ratatan, Deck of Haunts e, outro encontro pica: pessoal da Manalith – de Dungeon Drafters — estava por lá, junto com suas jaquetas estilosas. Um papo FODA que batemos, por horas, com eles. Tivemos uma prévia do novo projeto deles, intitulado Tábula Esmeralda e já quero dizer que estou HYPADO PRA CACETE pra jogar. Assistimos a palestra da dona Flávia e do Rech (muito bacana por sinal). Combinamos de ir pro Bar da Firma, um dos rolê dos rolês, e fomos pra casa dar uma jantada e nos preparamos.
O rolê acabou atacando duas rinites e se provou ruim pra gente. Decidimos ir embora (e ficar assistindo Severance, meu novo vício adquirido por pura pressão de pares feita por Samuca e a Mah), mas antes um abraço e um beijo nela – que existe de verdade – a Flávia Gasi.
Uber, Severance, cama e volta pra casa.
03/05
Era oito e vinte da manhã quando meu corpo finalmente entendeu que eu estava indo embora de SP e quando a minha ficha caiu. Um evento que me marcou para sempre, quanto ser humano, produtor de conteúdo e jornalista (frustrado). Depois de oito horas inteirinhas de viagem (com Última Poção no ouvido, beijo moçada) cheguei em casa e fui recebido pelo Capeta Albino, Yuki, cheio de amor e saudade.
Cheio de amor e saudade é como eu vou lembrar pra sempre da fatídica Gamescom 2025. O dia que eu conheci meus amores, amigos, heróis e fiz o que eu mais amo fazer: jogar videogame.
JOGOS TOP QUE JOGAMOS POR LÁ
Todos os jogos que jogamos aqui terão links para vocês colocarem nas respectivas Wishlists da Steam de vocês. Então, façam-me o favor e ajudem os devs, tá? Obrigado, de nada.
Eu sou cagão, o Samuca é mais, mas adoramos esse survival horror nacional. No stand da Nvidia, tava rodando numa RTX 5090, DLSS torando, jogo tá lindo. E amendrontador. Além disso, batemos um papo com o pessoal da Pulsatrix (que vem logo mais nessa semana) sobre o jogo e estamos esperando para jogar!
Tower Defense BRzão especialmente crocante da galera que fez Machick. Ouvimos deles que Machick 2 vem por aí e, como um podcast Galináceo, estamos ansiousers para isso. Pixel art torando, trocadilhos maravilhosos e abelha comunista!
Samuca que jogou esse, só vi de relance porque estava ganhando coisinhas do stand. Roguelite onde você é uma casa mal assombrada e você não leu errado.
Endless Tactics (Dead Battery Games)
Nacional, brutal, tático e colorido lindo demais. Eu joguei a demo lá (ganhamos chaves, obrigado pessoal ♥) e gostei muito porque tem uma vibe meio “Into the Breach”, mas mais perigoso e viciante.
Evil Crops (Gagonfe) e Rocket Rats (Gagonfe)
Eu já conhecia o maluco e não sabia. Um fofo. Se prepara, Gabe. Saindo Evil Crops, vamos te chamar pra gravar.
Dandara-like roguelike e que eu like muito. Já lançado. Joguem. Obrigado.
Como foi bom ver o Samuca quebrar a cabeça nesse daqui. Um puzzle com tema de golf que me fez sentir burro só de olhar. Toda a apresentação desse jogo me lembrou Kirby Dream’s Course
“Então, você é uma abelha que precisa defender sua colmeia” – disse o dev. Eu respondi com um “como?” e ele só sorriu, indicando a tela com a cabeça. O Samuca estava voando com uma abelinha e, várias outras seguindo, com uma fodendo AK-47, atirando nos inimigos da colmeia. AChei foda, tá?
Quem jogou foi o Bruce, mas eu tava de olho. Vibe de RE clássico, mas com uma direção de arte MUITO FODA e bastante coisa legal.
Lunr.rdio.taxi (Talbone/Soin Coletivo)
Basta dizer que o Samuca ficou jogando e daí jogou mais e quando pareceia que tinha acabado, jogou mais um pouco. Brabo pra caralho, flw?
One Card One Shot Mafia (YAW Studios)
“E se Virtua Cop fosse meio faroeste com Deck Building?” ninguém perguntaria, mas os devs perguntaram e fizeram isso daqui. Estiloso, bem legal e deu uma breve tiltada no Samuca.
MEU PATAPON ESTÁ VIVO. Nuff said.
Rhythm Heaven brazuca?! Com batidas de músicas nossas?! Com artistas nossos?! Que maravilhoso, sério. Estou HYPADÍSSIMO pra jogar esse.
Uma galinha prestes a virar nugget precisa fugir do frigorífico tenebroso. Featuring dev vestido de Galinha. Que jogo divertido e amedrontador. Muito bacana, fiquem de olho.
Me lembrou muito Children of Morta. Você usa seu pet (!) que vira um furry (!!) e precisa salvar seu humano (!!!) num mundo fantástico com magia e espada (!!!!). O dev é gente fina, tava lá pedindo feedbacks em tempo real. Muito massa
Shadows of Chroma Tower (Double Dash)
Um dos jogos que eu mais gostei, sem dúvida. Explorador de dungeons em primeira pessoa e full cooperativo: Entre na dungeon, pilhe o quanto conseguir e fuja com vida. Lembra muito Dark and Darker, mas sem um ladino arrombado esperando no stealth pra te enfiar a faca nas costas e roubar teu loot 🙂
Shield Strike (Statera Studio)
Uma mistura de plataforma, luta e competição. Em termos de games, pensem Windjammers, mas é Towerfall: Ei-lo. Pixel art crocante, dos manos da Statera. Jogabilidade deliciosa e permite duelos extramente técnicos ou lutas até 4 pessoas que são o mais puro caos!
Tupi: The Legend of Arariboia (Mito Games)
FIQUEI HYPADAÇO PRA ESSE! Tem demo no Steam já! É um RPGzão, elementos de rogueloco, mas totalmente focado em mitos originários, folclore nacional e MONSTER TAMING. Sério, o pessoal – além de fofos maravilhosos que ficaram batendo papo com a gente um tempão – mostrou o livro de artes que eles tem com os bichos capturaveis e eu quero UM BOTO COR DE ROSA NO MEU TIME PRA ONTEM. Obrigado.
ESTOU SECO nesse jogo faz uns bons anos. Gameplay delicioso, navinha sidescroller focado no combate contra diversas unidades e ainda tem uma vibe hyper-tech. Amei.
Lembrem de ouvir a QUINTA-FIRE, porque falamos com mais detalhes destes jogos lá!