A vida de um desenvolvedor de jogos independente não é fácil. Além de ter de dominar diversos aspectos técnicos, estúdios pequenos ainda lutam constantemente com a burocracia, falta de recursos e pouco espaço de divulgação em grandes eventos. Apesar de tudo isso, a cena indie brasileira está mais forte do que nunca, e ganhando reconhecimento internacional ao entregar jogos de grande qualidade.
Reconhecimento esse que levou diversos estúdios indies ao Gamescom Latam (antigo BIG Festival), maior evento de games da América Latina, que destinou uma grande área do evento ao chamado Panorama Brasil: um espaço para justamente destacar e promover jogos nacionais.
Uma ótima ideia no papel, mas que fora pessimamente executada. Em uma carta aberta divulgada hoje, o GDU (Game Devs Unidos, um coletivo de desenvolvedores indies brasileiros) levanta questões graves, e expõem um certo descaso da direção do evento aos pequenos estúdios. Entre as questões levantadas no documento, estão a falta do custeio do transporte, falta de infra-estrutura (armários, banheiros, tomadas e cadeiras) e falta de segurança: uma pessoa teve seu equipamento furtado durante a noite.
Publicado em forma de abaixo-assinado, o documento atualmente conta com mais de 200 assinaturas, incluindo grandes nomes da cena indie, como Amora (Celeste), Glauber Kotaki (Vampire Survivors), Carla Gabriela (a Cabie, de Bem Feito Joguinho), Thais Weiller (Blazing Chrome) e do jornalista norte-americano Jacob Geller.
Leia a carta na íntegra aqui
Se você gosta de jogos e valoriza a cena indie nacional, além de ler o documento, por favor assine a petição. Quanto mais assinaturas, mais forte será a voz dos estúdios, e maiores as chances dela ser ouvida pela direção da Gamescom (e de outros eventos, por que não?). Além disso, fique ligado pois nesta Quinta-Fire o podcast terá um bloco especial com mais informações sobre o assunto.