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Sonic X Shadow Generations – O Jogo Supremo Para a Forma de Vida Suprema

Sonic X Shadow Generations é o melhor jogo do Sonic dos últimos 20 anos. É isso. Não vou ficar enrolando aqui e deixando pra falar isso só no fim da análise – se você queria saber se gostamos ou não do jogo, tá aí a resposta. Eu, Samuca, não sou o maior fã de Sonic da face da Terra. Não que eu não goste, pelo contrário, curto demais a franquia, mas não sou aquele fã que fez 100% em todos os jogos do Mega e do Dreamcast. Tem alguns jogos mais obscuros da série que eu nunca nem joguei, como Fighters ou R. Talvez isso torne o que eu vou dizer a seguir ainda mais valioso: esse jogo me divertiu muito mais do que eu esperava.

Gêneros: Plataforma 2D e 3D
Lançamento: 25/10/2024
Plataformas: PC, PS4, PS5, XB1, XSX, Switch
Tem idioma PT-BR: Sim
Desenvolvido por Sonic Team
Publicado por Sega

Dois Em Um

Sonic X Shadow Generations é, na realidade, um pacotão com dois jogos em um. O jogo traz uma aventura inédita de Shadow junto com uma remasterização de Sonic Generations, lançado inicialmente lá em 2011 (faz tempo! 2011 foi o ano de lançamento de Dead Space 2, Skyrim, Uncharted 3…). As duas histórias se desenvolvem de maneira paralela, mas tirando isso, são sim dois jogos independentes – Shadow Generations não é uma “expansão” de Sonic Generations, ou algumas simples fases a mais. É um jogo completo mesmo, com seu próprio mundo, fases, cutscenes, história e gráficos. Assim, acho que é legal eu também dividir essa análise em duas partes: uma pra falar do ouriço azul e outra pra falar do ouriço sombrio.

Dois ouriços super-velozes entram em um videogame…

Duas Gerações do Ouriço Azul

Apesar de ser um remaster de um jogo de mais de dez anos, vale a pena falar um pouco sobre Sonic Generations, até porque eu não tinha jogado o original e conheci o jogo agora, através desse combo. Sonic Generations reúne duas gerações de Sonic em uma história só. De um lado temos aquele Sonic “clássico” bolotinha do Mega Drive, e do outro temos o Sonic “moderno” adolescente que nasceu no Dreamcast. Esse encontro de gerações não é solto – a história justifica tudo de maneira bem convincente. Não que a história seja o foco do jogo, porque definitivamente não é, mas é legal ver que existiu uma preocupação em justificar esse crossover de Sonics e não só colocar as fases em um menu e pronto. O mais legal é que cada Sonic traz consigo seu próprio estilo de jogabilidade. O Sonic bolotinha vem com uma seleção de fases 2D, todas clássicas da franquia. Mesmo eu, que como eu disse anteriormente, não sou o maior fã da série, reconheci a grande maioria das fases.

Sonic para os fãs do Mega Drive…

Enquanto isso, o Sonic moderno traz consigo a jogabilidade 3D iniciada em Sonic Adventure e refinada ao longo dos anos. As mecânicas, tanto das fases 2D como 3D, reúnem o que tem de mais legal em todos os diversos jogos da série, trazendo as diferentes características que marcaram os jogos de cada estilo. São dois fatores em comum que ligam o 2D no 3D. O primeiro, lógico, é o foco na velocidade – as fases são construídas pra incentivar o jogador a não parar por um segundo, e a sensação de SER o Sonic é incrível, principalmente nas fases em 3D. O segundo está no level design. Nos dois estilos de fases é possível notar logo de cara os diversos caminhos alternativos e segredos a serem descobertos, tão característicos de um bom jogo de Sonic. As fases vem de vários jogos da franquia, divididos nas três eras mais representativas do borrão azul: a era do Mega Drive, a era do Dreamcast, e a era moderna. São fases de Sonic 1, 2 e 3, Adventure, Colors, e até do meu favorito e amado Sonic Heroes.

…e também para os fãs do Dreamcast, PS2 e além.

 

Pra quem jogou o Sonic Generations de 2011, é importante destacar que, embora seja um remaster e não um remake, os diálogos do jogo foram reescritos e são diferentes, o que pode deixar uma parcela da população um pouco chateada. Não que tenha mudado muita coisa, mas os fãs mais puristas talvez queiram voltar para o original. Seria um erro, porque essa é sem dúvidas a versão definitiva desse jogo, com gráficos e framerate melhorados e, sinceramente, nada de muito errado. Ainda é um pouco difícil controlar o Sonic às vezes por causa da altíssima velocidade, principalmente no 3D, e os controles poderiam ser um pouco mais precisos, mas não é nada que atrapalhe tanto. Algumas vezes aconteceu de eu morrer e culpar o jogo, mas não foi algo constante que tenha me deixado chateado.

O Melhor Jogo do Shadow

Do outro lado da moeda temos Shadow Generations. Eu sempre fui fã da Forma de Vida Suprema, meu personagem favorito da série, mas temos que concordar que o tempo não foi muito bondoso com ele. Não vou nem mencionar um certo jogo aí, lançado em meados dos anos 2000, que trazia Shadow numa moto e portando uma metralhadora. É meu prazer, portanto, dizer que não é à toa que a Sega está chamando 2024 de “Ano do Shadow”: Shadow Generations é simplesmente o melhor jogo do ouriço emo já lançado.

Can you see all of me, walk into my mystery…

Ao contrário de Sonic Generations, que traz visuais remasterizados mas claramente de um jogo de 2011, Shadow Generations é um jogo novo, e isso fica absolutamente claro nos visuais. Os gráficos do jogo são incríveis, e aqui eu não estou falando (só) do número de polígonos, framerate ou tecnologia envolvida. O jogo é realmente absurdo, com efeitos visuais de virar a cabeça – as fases se contorcem em tempo real, mudam de perspectiva e trazem efeitos de iluminação muito legais de ver na tela. O visual de Shadow Generations é definitivamente um dos pontos mais altos do jogo.

A jogabilidade é o que você espera de um jogo do Shadow: velocidade, teletransporte e CHAOS CONTROL, que agora é uma mecânica que para o tempo por cinco segundos – o que é muito útil pra desviar de obstáculos ou mesmo acessar segredos das fases. Assim como em Sonic Generations, o foco é a velocidade, e os controles do jogo foram feitos pra isso. O efeito colateral é que, curiosamente, é difícil controlar Shadow quando ele está devagar – os pulos são muito altos e vão muito longe, e Shadow acelera rápido demais. Ou seja, coletar aquele item no topo daquela plataforma pequenininha vai ser bem trabalhoso. 

…I am all, I am all of me.

A novidade fica por conta dos “Doom Powers” – poderes que aumentam a capacidade de movimentação e combate de Shadow e deixam o personagem mais edgy da Sega ainda MAIS edgy. Não quero dar spoilers aqui, mas já nas primeiras fases Shadow adquire a capacidade de evocar asas pretas. Pois é, pra você que achou que Shadow não poderia ficar ainda mais sombrio, toma essa. Também como em Sonic Generations, Shadow Generations traz fases inspiradas em vários momentos da franquia de Sonic Adventure a Sonic Frontiers, todas com o visual repaginado pra combinar com Shadow. Os chefões também são trazidos de diferentes jogos da franquia, e aqui eu preciso mandar uma mensagem especial diretamente pra você que, como eu, é fã de Sonic Heroes: prepare seu coração.

Veredito: Recomendado

Como escrito no início dessa análise, Sonic X Shadow Generations é, facilmente, o melhor jogo do Sonic dos últimos 20 anos. Jogabilidade variada, muitas fases lindas (principalmente pro Shadow), trilha sonora matadora (como de costume na franquia), e tudo isso recheado de nostalgia pra quem for fã de longa data. Embora o jogo tenha controles um pouco incômodos, principalmente quando o jogador não está em alta velocidade, o level design e o visual mais do que compensam. Como sempre quando se fala em jogo do Sonic, as fases finais e últimos chefões são pontos altíssimos, em ambos os jogos. Com esse jogo o Sonic Team entregou um dos melhores trabalhos da série, e, em uma franquia de tantos altos e baixos, Sonic X Shadow Generations é com certeza um momento à altura de dois dos maiores personagens dos videogames.

Jogue se você curte: Sonic desde o Mega Drive e Dreamcast, jogos de plataforma super rápidos, edgelords

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Agradecemos demais à SEGA e a Theogames pela chave cedida! Valeuzão, pessoal ♥

 

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