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Blue Prince – Mistério na Mansão Holly

Uma mansão isolada do resto do mundo. Um magnata excêntrico com gosto por jogos. Uma herança. Não é de hoje que esses elementos fazem parte do imaginário coletivo de todo amante de histórias de mistério. As mansões, por exemplo, geralmente são apresentadas como mais do que construções antigas. Elas refletem a alma e a memória de seus donos. Não por acaso, são repletas de passagens secretas, cantos escuros e porões abandonados. São lugares de segredos, de coisas terríveis que jamais devem vir à tona.

Para uma mente curiosa, entretanto, segredos só atiçam a vontade de descobrir a verdade. E, já que estamos na era dos roguelites, porquê não unir esses dois gêneros e fazer um jogo? Pois foi dessa mistura inesperada que surgiu Blue Prince, um delicioso joguinho de puzzle que vamos analisar agora!

 

Gênero: Exploração, Mistério, Roguelite
Lançamento: 10/04/2025
Plataformas: PC, Ps4, PS5, Xbox One, XSX
Tem idioma PT-BR: Não
Desenvolvido por Dogubomb
Publicado por Raw Fury

 

Em busca de uma herança

Em Blue Prince você é Simon, um garoto de 14 anos que recebe de seu tio-avô uma herança no mínimo curiosa: todo o conteúdo da sala 46 de Mount Holly, a antiga mansão da família. Acontece que tal sala não aparece em nenhuma planta oficial da propriedade, nem nos detalhados registros da família. Sequer os antigos empregados da mansão sabem de sua existência. Para todos os efeitos, o tal cômodo não existe.

Sabendo do apreço de seu tio-avô por jogos e mistérios, e movido pela curiosidade, Simon decide explorar a mansão em busca de seu prêmio. Aparentemente seria uma tarefa simples para alguém curioso e com acesso total à propriedade, certo?

 

Mount Holly. Seja o que for que essa mansão esconde, parece ser muito valioso. Mas será mesmo?

 

Seria, se a tal mansão não tivesse vida própria. A cada novo dia, toda a mansão se reconfigura. Onde ontem ficava um quarto, hoje pode ser uma piscina. E amanhã um closet. Com isso a exploração fica bem mais interessante, e é onde a porção roguelite do jogo realmente brilha.

 

Explorando Mount Holly

Com a constante mudança do layout da mansão, cada visita é uma verdadeira expedição de reconhecimento. Seu mapa vai sendo desenhado em tempo real, conforme as salas, saletas e corredores são explorados. O próprio visual do jogo reforça isso: as linhas de contorno típicas do cel-shading são muito bem marcadas, geométricas e precisas, como se fossem desenhadas por um arquiteto. Os menus dos jogo também remetem aos blueprints, aquelas enormes folhas de papel azul quadriculado, utilizadas em plantas e projetos arquitetônicos.

Sua run começa no hall de entrada, um dos poucos pontos fixos da mansão. Aqui, há três portas: uma à sua frente, uma à esquerda e uma à direita. Ao abrir qualquer uma delas, o jogo apresenta três opções sobre o que pode estar atrás daquela porta. No começo as opções são bem mundanas, como um quarto ou um corredor, e vão ficando mais e mais exóticas conforme você avança mansão adentro. Avançar nos níveis mais profundos da mansão também aumenta as chances de encontrar cômodos mais raros (e mais bizarros) e os adiciona ao seu catálogo, aumentando as chances desse cômodo aparecer nas runs seguintes.

Quanto mais raro é um cômodo, maior também é a chance de encontrar neles moedas, chaves e gemas preciosas. Esses itens consumíveis são usados para compra de equipamentos, abrir portas e baús e desbloquear determinadas salas, respectivamente.

 

O que há atrás da porta? Peraí, é uma capela?

 

Há também os chamados “cômodos coloridos”, que favorecem algum aspecto da exploração. Os quartos, por exemplo, fazem parte do grupo roxo. Cômodos do grupo roxo favorecem a recuperação da energia de Simon, que é vital para a exploração da mansão. Já os jardins e estufas fazem parte do grupo verde, que são ricos em gemas, moedas e itens-chave. A melhor parte dos cômodos coloridos é que eles permitem sinergias, tanto entre eles quanto com certos itens. Quanto mais cômodos da mesma cor em sua run, melhores são os bônus.

Essas builds não são necessariamente obrigatórias, mas ajudam bastante no seu objetivo principal: chegar num lugar chamado Antecâmara, outro ponto fixo da mansão, localizado no extremo norte da propriedade. Por padrão, esta sala é trancada e não pode ser aberta com chaves comuns. Descobrir como abrir a Antecâmara é o seu segundo desafio, que pode levar várias e várias runs diferentes. Se posso te dar uma dica, é sempre ter um caderno em mãos para fazer anotações de qualquer coisa que pareça anormal. Confie em mim, será útil nas runs seguintes.

Além do segredo da tal Antecâmara, a mansão é recheada de puzzles secundários, que permitem abrir atalhos e desbloquear melhorias permanentes para as próximas runs. Espalhados pelos cômodos também é possível encontrar livros, anotações, fotos e cartas, que contribuem para enriquecer a narrativa da mansão e de seus antigos moradores.

 

Quarto por quarto, aos poucos você avança até a misteriosa Antecâmara, e quem sabe chega à misteriosa sala 46

 

Veredito: Recomendado

Se você é curioso e gosta de explorar cada centímetro do mapa em busca de respostas, Blue Prince é um prato cheio. O fator investigação, aliado aos elementos de roguelite fazem com que você precise estar atento a todo e qualquer detalhe, e se sinta o melhor detetive do mundo ao solucionar um mistério por conta própria. Além disso, o jogo respeita muito o seu ritmo. Não há timers, monstros correndo ou qualquer outro fator que possa causar algum tipo de pressão ao jogador. Aqui, quem dita o progresso é sua propria curiosidade e perspicácia.

 

Jogue se você curte: Mansões antigas, exploração, segredos, walking simulators, dardos.
Leia nossos outros reviews!

Agradecimentos especiais ao time da Masamune, Raw Fury e Dogubomb pela chave cedida! Valeuzão!

 

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